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   Cadê o ponto de ônibus? Essa pode ser a primeira pergunta feita por quem chega próximo a um pequeno painel publicitário instalado sobre a calçada em plena a Avenida Abílio Machado, no bairro Alípio de Melo, em BH. O painel faz parte da estrutura de um abrigo de ônibus que foi retirado pela prefeitura para ser reparado. Segundo Raquel Cristina, 24 anos, vendedora de uma loja de móveis enfrente ao ponto, o abrigo foi recolhido há mais de um mês e até o momento não foi devolvido reparado ao seu local de origem. Piedade Ambrósio, 52 anos, acredita que o abrigo não será devolvido antes do final do ano. Para ela a Prefeitura só se importa com grandes eventos como o Carnaval e a Copa do Mundo. Coincidência ou não, o cartaz publicitário do abrigo recolhido contém um banner que anuncia a chegada da Copa às terras brasileiras no ano de 2014.

 

 

O Ponto de ônibus sumiu !

   Enquanto nosso repórter realizava as entrevistas, uma forte chuva de granizo caiu sobre a região. Pessoas que já estavam sobre marquises escondendo da chuva permaneceram embaixo delas e de toldos de estabelecimentos comerciais, para se protegerem das pedras de gelos. Sem a presença do abrigo de ônibus, essa foi uma das únicas opções que lhe restaram. 

 

   

   Victória Santiago, 13 anos, estudante do ensino fundamental, chega a pegar três ônibus por dia, “Quando faz muito sol, a gente fica torrando embaixo do sol. Quando tem chuva senão levar o guarda chuva se molha muito.”, afirma. O mesmo afirma Junia Kelen, 32 anos, ela defende que a Prefeitura deveria colocar melhores abrigos de ônibus nas vias. Para ela, os bairros também deveriam ser favorecidos. “Se vai favorecer o centro da cidade, por que não aos bairros. Porque só lá no centro. Tinha que favorecer agente aqui que é a maioria.”, critica.

 

   Segundo nota da BHTrans, o abrigo de ônibus citado na reportagem foi retirado por causa de danos à sua estrutura. A empresa afirmou que até a primeira semana de dezembro deste ano será instalado um novo abrigo no local. 

 

Ouça o desabafo de Piedade Ambrósio, 52 anos, que estava aguardando ônibus em outro ponto, próximo ao sem abrigo.

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